Paulo Márcio da Silva
Promotor de Justiça em Minas Gerais, professor universitário, mestre e doutorando pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra
Outros prefeitos que foram matérias no Fantástico por desvios de dinheiro público já foram foram presos e o ainda prefeito Pedro Magalhães Araújo Neto continua fazendo farra com o dinheiro público.
MINISTÉRIO PÚBLICO QUER ACABAR COM A "FARRA DAS DIÁRIAS" DE PREFEITOS E VEREADORES NO NORTE DE MINAS
MINISTÉRIO PÚBLICO QUER ACABAR COM A "FARRA DAS DIÁRIAS" DE PREFEITOS E VEREADORES NO NORTE DE MINAS
14/01/2015
Quando os órgãos de controle imaginavam que todas as formas de desvio e apropriação de recursos das prefeituras brasileiras já eram conhecidas, uma nova modalidade acaba de ser descoberta. Neste primeiro semestre de 2015, a Procuradoria Regional de Defesa do Patrimônio Público e as Promotorias de Justiça de vários municípios da região Norte de Minas vão concentrar seus esforços em combater essa nova modalidade de desvio, que ocorre por meio do pagamento de diárias de viagem a prefeitos e vereadores. O anúncio foi feito pelo procurador regional Paulo Márcio da Silva. Segundo ele, “esse tipo de criminalidade tem causado enorme prejuízo ao interesse público”.
Paulo Márcio da Silva informou que “juntamente com a AMANS (Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene) e AVANS (Associação dos Vereadores da Área Mineira da Sudene), está orientando os prefeitos e vereadores a regulamentar o pagamento de diárias, em bases razoáveis”. Ele revela que “há um pequeno município na região onde o prefeito municipal, em período inferior a quatro anos, recebeu em diárias cerca de R$ 500 mil. O caso será objeto de ação civil pública por ato de improbidade administrativa que será ajuizada dentro dos próximos dias.
Em dezembro foi judicializado o primeiro caso na região, envolvendo o prefeito de Coração de Jesus (foto), o advogado Pedro Magalhães Araújo Neto, o “Doutor Pedrinho”, eleito pela coligação PT/PSC.
Denúncia formulada por um primo do prefeito, o vereador Tércio Antônio Lafetá Vasconcelos (PTB) levou o Ministério Público do Estado de Minas Gerais a descobrir que Doutor Pedrinho estaria recebendo diárias de viagem de forma ilegal, como forma de aumentar o subsídio que ele recebe como prefeito.
No inquérito civil público que antecedeu a ação, “por inacreditável possa parecer”, de acordo com o MPMG, “apurou-se que no exercício de 2013 o prefeito de Coração de Jesus recebeu R$ 143,7 mil a título de “diárias de viagem”. Nos quatro primeiros meses de 2014, o valor chegou a R$ 20,9 mil. “É dizer que no curto espaço de 16 meses, o prefeito recebeu do maltratado município de Coração de Jesus, a título de “diárias de viagem”, nada menos do que R$ 164,6 mil, que representa média mensal equivalente a R$ 10,2 mil”, assinalam os promotores de justiça Paulo Márcio da Silva, Renata Andrade Santos e Guilherme Roedel Fernandez Silva, que assinam a petição inicial da ação civil pública.
O valor médio das diárias, de R$ 3 mil, também impressionou os promotores de justiça, que o classificou de “monstruosidade administrativa”. Os promotores também duvidam que as viagens tenham sido efetivamente realizadas. Eles descobriram que não há nenhuma lei em Coração de Jesus que autorize tais pagamentos. Para o MPMG, “confiante na impunidade”, o prefeito “se refestela em atos de improbidade administrativa e arbitra a seu favor, a título de pagamento de diárias de viagens, importâncias astronômicas, imorais, desarrazoadas e absurdamente incompatíveis com a situação de miserabilidade e carência – inclusive no trata de serviços públicos descentes principalmente nas áreas da saúde e educação - vivenciada por boa parte dos munícipes locais”.
Aponta o MPMG, na ação, algumas incoerências na justificativas de gastos apresentadas pelo prefeito. Enquanto a maioria dos moradores de Coração de Jesus sobrevive o mês inteiro com salário mínimo, os gastos do prefeito com alimentação durante suas supostas viagens atingiriam a “inacreditável” quantia de R$ 855 por dia. Além disso o prefeito teria recebido diárias sob o pretexto de visitas ao Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, Assembleia Legislativa e Caixa Econômica Federal, em períodos que esses órgãos encontravam-se em pleno recesso, com suspensão total do expediente externo. Algumas diárias também têm data de finais de semana, como sábados e domingos, dias em que aqueles órgãos não abrem.
Para os promotores de justiça, o quadro é “de absoluto descalabro administrativo”.
O MPMG pediu o bloqueio de bens do prefeito até o limite de R$ 493,9, seu afastamento do cargo, que seja condenado a devolver os valores recebidos a título de “diárias de viagem”, quebra do sigilo bancário e fiscal, além de sua condenação por ato de improbidade administrativa.
(Fonte: Fábio Oliva)
Pedro Magalhães Araújo Neto continua brincando com a população. Enquanto isso, existe Juiz para manter preso e condenar um cidadão que subtrai um litro de leite para matar a fome do seu filho. As farras nas Secretarias municipais continuam, tudo sob as vistas de Promotores de Justiça e Juízes colaboradores. E pasmem, Senhores leitores,a esposa do Delegado de Policia Civil é funcionária da prefeitura.
Confiram no link abaixo a Ação de Improbidade de Diárias proposta contra o ainda prefeito Pedro Magalhães Araújo Neto, completando 12 meses, e a justificativa para estar sendo julgada é a falta de Juiz de Direito na Comarca. Mas, na Comarca, amigos leitores, tem Policia Militar, Policia Civil, Promotor de Justiça e Juiz de Direito para manter preso uma pessoa que subtrai de um comerciante um saco de leite para dar o seu filho,em muitos casos pessoas que foram injustamente demitidas pelo referido prefeito. E a população,leiga em direito, menos este blogueiro, acredita que a ação por desvio de dinheiro público não pode prosseguir.
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